domingo, 15 de dezembro de 2013

Estamos presentes em um interrogatório

Certa vez me disseram que em cada etapa da vida haveria uma interrogação. Até então, tudo bem. Quando criança o questionamento a se fazer é se já estava chegando o horário para brincar. Só.
Já na adolescência vieram várias interrogações e não apenas uma. O primeiro amor eclodiu, será que ele irá me aceitar do jeito que sou? Notas ruins surgiram, será que irei conseguir passar? Amizades não verídicas apareceram, será que não tenho sorte nessa área? Primeiro namoro, será que gosto mesmo dele? Período de vestibular aproximou, será que irei conseguir ser aprovada no curso que desejo? Ou melhor, qual carreira devo seguir? Decepções consigo mesmo, será que não consigo me controlar? Até então, foi isso.
Porém, nunca me disseram que essas tantas interrogações não seriam respondidas de uma hora para outra. Algumas feriram, algumas me fizeram correr para quarto para chorar, perdi noites de sono com outras, contudo tiveram presentes aquelas que me exigiram dormir o mais rápido possível para não sentir a dor de um questionamento sem resposta momentânea.
Não digo que entre tantas interrogações estiveram aquelas que me fizeram abrir um sorriso, perguntas sem respostas causam ansiedade, mesmo que a mesma não tenha nenhuma finalidade em causar qualquer que seja a dor. Já que não posso fugir de uma realidade, que na verdade acredito que seja necessária para fazer sentido à vida, tentarei lidar com a ânsia de saber uma resposta que só o tempo pode dar.

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