domingo, 26 de janeiro de 2014

(?)

Se você estiver mais uma vez disposto, ouça o que tenho a dizer:
Caro amigo, já faz um tempo, na verdade não muito tempo, que venho tentando fugir de uns sentimentos malucos que inventaram de bater à porta e agora não querem ir embora. Você sabe bem que além deu ser sensível, sou exagerada por demais, logo esses sentimentos estranhos andam causando uma série de consequências desastrosas no meu modo de agir e de pensar. Ainda hoje, não aguentando esse tormento interno, fugi para o banheiro mais próximo com a intenção de desabar toda chuva acumulada, sem que ninguém soubesse. Não deu certo, acredito que as pessoas que convivem comigo notaram a minha cara que não demonstrava nem um pouco de satisfação, mas vamos dizer a verdade, quem liga? As pessoas olham, mas não questionam e nem afirmam nada. Nós, em geral, temos uma preguiça eterna de ouvir os desabafos dos outros, logo comigo não seria diferente. Mas você, meu caro e velho amigo, é uma exceção, além de me ouvir, consegue me compreender de forma surreal. Sério, não há ninguém que consiga me decifrar como você consegue. Parabéns, nem eu mesma tenho esse dom.
Voltando, sabe esses sentimentos citados no início da carta? Então, você provavelmente deve estar pensando que é o chamado amor que estar batendo à porta. Quem me dera meu amigo! A anos não sinto o prazer e o desespero que trás o amor. São sentimentos que ainda não descobri a palavra certa para descrever, são intensos e, ao mesmo tempo, desgastantes por demais. Para concluir uma carta que no fim da contas não diz absolutamente nada, posso te fazer um pedido? Se sim, venha até mim assim que eu distanciar de você, pois é neste momento que os sentimentos indesejados vão estar provavelmente me atingindo, fazendo com que eu distancie até mesmo daqueles que eu mais amo ter por perto. 

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