sábado, 28 de maio de 2016

Nos embalos de sábado a noite

A minha ou melhor, nossa, noite de sábado foi mais ou menos assim: Eu me arrumei toda, afinal estava marcado o meu primeiro encontro. Tudo bem se o local não era nada romântico e se nós dois, totalmente inexperientes em relacionamentos, ficássemos sem graça um com o outro inúmeras vezes.
Despejei o meu armário quase inteiro em cima da cama só para achar uma roupa que o agradasse, eu queria algo meio rocker mas ao mesmo tempo delicado, tentando juntar em uma produção o seu gosto com o meu. Na maquiagem tentei ao máximo não exagerar, eu bem sei que você gosta mesmo é do mais natural possível. Peguei minha jaqueta de couro e fui. Fui para a noite que na minha cabeça tinha tudo para ser inesquecível.
Quando cheguei no local marcado, você todo sem graça deu aquele sorriso de lado. Levantou para me cumprimentar, não sabia se dava um abraço, um beijo no rosto ou se já arriscava logo de cara um selinho para iniciar o encontro. E então que você me deu um abraço e em seguida falou para eu assentar na cadeira a sua frente. Sentei e começou a me contar o quão incrível estava sendo o dia, primeiro por ter conseguido concluir um trabalho, depois por ter encontrado um amigo que mora em outro estado e, por fim, por estar ali comigo. Fiquei vermelha de vergonha, mas lancei um "Que fofo!" seguido de um sorriso de quem realmente se sentiu bem por ter ouvido aquelas palavras.
Quando peguei o cardápio me disse qual o hambúrguer eu deveria experimentar da casa, falou com convicção que aquele eu realmente iria amar. E não é que acertou?! Eu amei! Conversa vai, conversa vem até que eu um certo instante o silêncio toma conta da nossa mesa. Não sabia nem para onde olhar e notei que você também. Até que você se levanta, resolve assentar ao meu lado e começa a acariciar os meus cabelos. Travei toda. Ao perceber o meu comportamento, segurou em minhas mãos e aí que tomei a liberdade de fazer carinho em seu rosto. Olhando nos meus olhos, puxou a minha cabeça e lançou um selinho bem demorado, seguido de um beijo que havia muitos sentimentos envolvidos por ambos os lados. Nos abraçamos e falei ao seu ouvido "Isso tudo não parece real.". E não é.

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