domingo, 25 de novembro de 2012

No silêncio da noite


Não foram poucas as vezes que Clarice ficou a observar a lua para relembrar de um amor. A lua era uma maneira que Clarice, mais conhecida como Lice, usava para tentar reviver alguns dos melhores momentos que passou ao lado de Francisco, momentos que não voltam mais, mas que deixaram grandes marcas no seu presente.

Francisco foi um cara que Clarice conheceu em sua época de vestibular, estava pretendendo tentar Medicina entretanto, por mais que continha amor pelo curso, havia medo por ser bastante concorrido e ela não era muito fã de ficar estudando durante todo o dia. Francisco a motivou por achar o curso maravilhoso e por ver que em Clarice havia um certo dom pela a área. Viveram durante os seus dois anos de vestibulanda um amor que não só baseava na relação de namorados mas, principalmente, de amigos e até mesmo de irmãos. Havia entre os dois uma ligação complicada de descrever, estava claro que um era feito para o outro, pensavam da mesma maneira em relação a muitas coisas, amavam fazer atividades juntos enfim, havia uma relação incrível entre eles.

Os dois anos se passaram, surgiu a oportunidade de Francisco ir para o exterior trabalhar na empresa que sempre almejou, Clarice podia ver nos olhos de Francisco a felicidade que ele estava. Ela até estava feliz por seu amado ter conquistado um grande sonho, mas e ela? Como ficaria o relacionamento entre os dois? Clarice já não conseguia viver longe do seu amado por ao menos um mês, imagina por 8 anos.

Estava chegando o dia de partir, sim, Francisco tomou a decisão de ir realizar seu sonho, porém falou para Clarice que logo que ela formasse ele faria de tudo para ela ir ao encontro dele. Os anos passaram, faltava apenas um ano e meio para se formar e a ansiedade aumentava dia após dia para encontrar aquele que a fez muito feliz. Naquele momento que ficava a relembrar, olhando para a lua, os momentos incríveis que passou ao lado de Francisco, lembrou o tanto que deve o agradecer, pois se ela está no curso de Medicina hoje, foi graças a ele que a incentivou.

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