quarta-feira, 4 de julho de 2018

O poder do tempo

Ôh tempo. Eu questiono tanto o seu poder de tratamento e de desgaste ao longo do tempo. Você consegue ser bom e ruim em igual proporção. Você nos faz pensar, ir analisando dia após dia algo que naquele instante o agir parecia ser mais importante do que o parar e analisar.

Então que você fez o seu trabalho. O que doía, você me fez analisar que no final das contas não deveria doer assim. Tudo é ponto de vista e momento. Naquele fluxo intenso, sentir a dor fazia sentido. Afinal, não aceitar o que aquele instante oferece, é não permitir aprender com ele. Mas depois, com toda a calmaria que você, ó tempo, nos proporciona, a dor foi perdendo o posto para a análise.

É, analisando bem, pra que todo sofrimento?! E com o tempo, o passado também foi vindo a tona e trabalhando duro para entender o que estava acontecendo no presente. Todas as lembranças só fizeram ter a certeza de que aquela dor não era nada comparado ao bem que a causa me fez.

O entendimento foi vindo. Comecei a entender o que passava aqui dentro, que as vezes repercutia fora. O problema não estava do lado de fora, mas bem no interior. Para atingir o que não estava tão bem, o tempo realizou o seu tratamento. Pois é, me fez descobrir que no final das contas não faz sentido prender alguém. Então voa, voa para aproveitar ao máximo o curto período de tempo em que rotulamos como vida.

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